15/10/2011

*Balanço - Agora?

Esses tempos atuais, 2 ou 3 meses pra cá
comecei a pensar muito sobre isso,
peguei velhas linhas escritas por mim
e por terceiros, fiquei lendo, relendo,
analisando como nunca, como se fosse
a 1ª vez.

Estranho ver com o olhar de hoje todos
esses "issos" e suas consequências,
de como estou hoje, de como elas e eles
também estão hoje, uns nem falo mais,
ou os vejo de relance de tempos e tempos,
mas com a certeza de que não fazem falta.

Outros vejo sempre, falo o básico,
coisas rotineiras de nossas vidas
nada muito interessante que irá
me levar a recordar depois,
esses não farão e
não fazem falta também.

Aí vem eles,
os conhecidos por "pessoas importantes",
ou que consideramos dessa forma,
esses que falamos e confiamos
mais, aqueles que quando
estou em pleno desabamento peço
um gole de sua bebida,
um trago do seu cigarro,
um abraço desmedido,
um silêncio pro meu choro,
e quando estou numa época boa
quero compartilhar na mesma hora.
Talvez esses façam falta,
acredito que sim.

Sempre lidei bem com essas diferenças
acho que todos nós né? Temos níveis
bem claros de se relacionar,
mesmo que não seja tão claro,
lá no fundo de nossos cérebros
temos esse campo delimitado,
ainda bem, ao meu ver.

É, o balanço é fácil...

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E o agora?

É, nesse meu estado atual,
que passou pela vontade de nada
e agora é nada de vontade,
todas essas personagens
da minha história estão misturadas,
como um balaio jogado pela janela
do 8° andar de um prédio no meio
desse nada.

Elas passam rápidas,
feito sombra ligeira.
Quando percebo elas se foram,
quando percebi eu me fui,
ou é esse o desejo de agora?

É, o agora é bem mais difícil...


*Texto escrito ao som do silêncio que está aqui ao meu lado, em todos os segundos desses tempos.

22/04/2011

VoZ Em FúRiA: A verdade tem que ser dita, TODA relação é baseada no interesse!


É isso mesmo, temos que aceitar que nossas relações
são construídas por nosso puro interesse e egoismo,
e precisamos compreender que isso não é errado,
é algo natural de nós, família, amigos, religião,
TUDO é montado e moldado aos nossos interesses,
e nesse texto vou tentar comprovar isso para vocês.

Na verdade tudo na nossa vida é movido pelo interesse,
e o principal é o de sobrevivência, com base nele
tudo se move em volta desse eixo, esse nosso instinto
de sobreviver estabelece um "modelo" de como vamos
viver no dia a dia e que tipos de interesses cabem
nesse molde criado por nós.

Parece meio complexo, mas é bem simples!
Temos nossos gostos e preferências para
manter o nosso viver do jeito que desejamos,
isso vai de uma simples opção de cor de roupa
até a religião que escolhemos seguir.

Quando criamos esse modo de vida baseado
nas nossas vontades e escolhas fazemos
de tudo para garantir que esse molde
não seja abalado e que esteja sendo
melhorado a cada dia ou ficar estável.

Aí que vem a questão do interesse nas relações humanas,
que são manutenções continuas do nosso viver,
é nas relações sociais que surgem os interesses egoístas
que servem como garantia do bem estar do indivíduo,
sem elas nunca seria possível estarmos satisfeitos,
ou pelo menos estáveis com a vida que levamos.

Você se relaciona com um outro ser porque
existe algum interesse por trás desse contato,
as pessoas se gostam, querem estar próximos
uns dos outros para satisfazer suas vontades
mais profundas e quase nunca externam esses
pensamento porque na sociedade em que vivemo
isso é julgado de forma negativa.

Fomos criados com a visão que devemos ajudar
o próximo, mas dificilmente alguém nos fala
que até nessa ajuda tem nossos interesses
por trás desses atos de caridade.

Devemos admitir e aceitar essa realidade
da forma mais natural possível, não é errado ser egoísta,
porque já nascemos assim por causa do nosso
instinto de sobrevivência e de preservação
e manutenção do nosso viver, o real problema
é de que forma que apresentamos esses interesses
e de que jeito tentamos saciar as nossas vontades.

Então, perceba e assuma que você é um ser totalmente
individualista e que até em ações coletivas existem
os interesses individuais que reinam e nos guiam
para a conservação dos nossos viveres que prezamos tanto.

Era essa a intenção do texto,
meu interesse de fazer você
pensar sobre o assunto e
admitir que é mais um
interesseiro no meio
da multidão!

VoZ Em FúRiA: Qual a importância ou não dos rótulos socias?


Louco, punk, metelão, puta, junkie, nerd,
indie, estilo próprio, ongueiros
cult, santo, entre milhões de rótulos
são criados para a identificação
das pessoas com determinados moldes de
vida gerando diversificados grupos sociais
e causando em seus participantes um bem-estar
por fazer parte do corpo social.

Isso cria também por muitas vezes
uma estagnação do ser,
onde ele se fecha para o mundo
e vive em função desses esteriótipos
e não busca conhecer ou até mesmo
interagir com outros grupos por fidelidade
as "suas" escolhas de como se deve viver,
esse é o problema!

Nós humanos somos seres sociais e
todos sabem disso, não tem como negar
que já nascemos dependendo de outros,
e também precisamos fazer parte
desse todo que são agrupamentos sociais,
coletivos, sociedades, clãs,
tribos e por aí vai, necessitamos
viver com outros (in)felizmente!

Daí que surge as identificações coletivas,
e a divisão entre grupos
e modos de viver, nós precisamos
dessas definições para fazer
parte da sociedade onde vivemos,
não queremos ser os excluídos
ou nos sentirmos perdidos na multidão,
nosso desejo é ter semelhantes
no modo de pensar, agir,
de viver em forma mais geral possível.

Esses laços sociais são de extrema
importância para nossa sobrevivência,
já nascemos em um ambiente preparado,
as cartas já estão marcadas
você só pode escolhê-las.
Essas cartas foram marcadas por vários
grupos através de acordos coletivos
que nem participamos,
mesmo assim nos adaptamos a
eles porque são importantes para nosso viver.

O que vejo como problema é a obsessão
humana por glorificar seus grupos,
e imaginar que só essa fórmula que
ele segue é a única que faz sentido,
é a única que está certa, é a principal,
melhor que todas as outras,
não compreendendo que os outros moldes
de vida estão "certos" também.

Temos que entender e não se
intrometer no viver do outro
tentando convertê-lo para nosso lado,
nosso grupo, nosso modo de viver.
as maneiras de vida já estão criadas,
mas ainda temos a opção de escolher,
então não fique com essa mania secular
de definir as pessoas por rótulos.

É muito foda julgar o outro pelos
rótulos sociais que são designados para nós,
se você sente necessidade de se rotular
e rotular terceiros OK, só não torne
um extremista de merda que tenta impor
suas vontades e crenças para os outros,
isso só cria relações superficiais e
identificações com prazo de validade.

Precisamos do nosso espaço para fazer
essas escolhas,então entenda isso
como algo que é natural, não perdendo
seu tempo na busca por mais adeptos
de seus rótulos. Aproveite seu tempo
vivendo da forma que quiser sem
receio ou medo de ser crucificado
pelos demais, apenas viva!

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